Lobos sinistros e cachorros terapêuticos
Como eu disse em um post não faz muito tempo (quase dois anos atrás), escrever no meu blog é meio que um último recurso pra manter minha sanidade (inclusive estou escutando Shine on You Crazy Diamond) e eu estou aqui novamente, em tempo recorde, porque sim, eu assisti o famoso que todos estão falando: O Gato de Botas 2 e eu tive que fazer uma reviewzinha. Eu já fiz isso no close friends do insta, mas eu acho que quase ninguém liga pra o que eu posto lá e mesmo que ninguém veja meu blog, eu sinto que sou mais ouvida aqui.
Primeiramente eu vou dizer que não estava muito empolgada com o filme quando eu vi o trailer, eu achava que por conta da mudança do estilo de animação do realista usado no Shrek, pra algo mais colorido e divertido, com o Gato de Botas com uma carinha mais fofa o enredo ia ser fraco e basicão, uma coisa mainstream, muito infantil (por mais que o filme seja pra crianças, a DreamWorks nunca foi muito de amenizar situações) e com humor forçado. E já tivemos isso bastante da Disney, então eu nem queria ver pra não me desapontar. Poréééém, o meu querido Tumblr só falava nisso, do nada todo mundo começou a falar em como o filme era bom e que tinham muitas lições de vida, como foi emocionante e vendo alguns trechos eu me convenci a ver o filme, no cinema ainda.
Basicamente o filme é uma grande disputa de quem conseguirá chegar ao local onde uma estrela caiu para realizar o seu desejo; o Gato de Botas que antes tinha nove vidas, agora se encontra com apenas uma, depois de perder as outras oito de maneiras que eu considero bem ridículas e com esse lobo sinistro atrás dele (que veio a ser, na minha opinião um dos melhores antagonistas da DreamWorks) ele se vê desesperado a tentar conseguir esse desejo para conseguir mais vidas.
Em toda essa jornada, porque eles obviamente iriam enfrentar obstáculos, nós reencontramos a Kitty Patamansa, familiar do primeiro filme do Gato de Botas e vemos que ela guarda alguma mágoa contra ele, o que é estranho já que o primeiro filme acaba com eles bem e somos introduzidos a um dos personagens mais fofos que é o Perrito, que me emocionou muito com a inocencia e vontade de ajudar os outros que ele possui. Além disso, temos mais antagonistas: o João Trombeta, Cachinhos Dourados e os Ursos, os dois últimos que pra mim foram muito importantes e contribuíram muito com o impacto emocional do filme, mas que não vejo quase ninguém mencionando.
Com um emaranhado de antagonistas espera-se que o filme seja uma bagunça e algo parecido com o Homem-Aranha 3, mas de alguma forma conseguiram administrar tudo isso e resultou numa história muito boa, com planos de fundo pra cada personagem inserido. A única coisa que me decepcionou é que o Lobo não aparece tanto, já que na internet só se falava dele, mas a surpresa que eu tive com parte da Cachinhos e dos Ursos compensou a ausência do canino.
Provavelmente um dos vilões mais apelões dos filmes da DreamWorks
Eu sou suspeita para falar, porque sou fã de carteirinha da DreamWorks, mas o filme foi muito bom, eu amei o enredo; amei as interações da Kitty com o Gato que formam um casal muito bonito e bem construído; amei a trajetória da Cachinhos e dos Ursos; amei o Perrito, amei como eles conseguiram abordar o assunto de saúde mental de forma discreta e natural; amei as referências à Shrek e ao primeiro filme; amei os mínimos detalhes que depois vi em posts de análise do filme e surpreendentemente amei a animação (mesmo sentindo falta do realismo de Shrek) que conseguiu combinar o realismo do primeiro filme e algo parecido com Homem Aranha no Aranhaverso o que deixou colorido e dinâmico, que incrivelmente combinou e não me trouxe estranheza enquanto eu assistia. E é claro, como todo filme da DreamWorks eu chorei até nos momentos mais bobos e nesse filme, finalmente houve um momento romântico que na minha opinião conseguiu superar o "Quero ser feliz para sempre... com o ogro com que casei" de Shrek 2, então é, no aspecto emocional o filme com certeza é nota 10.
Concluindo: apenas assistam, vocês não vão perder seu tempo, de 0 a 10 e talvez eu esteja sendo bem parcial, mas acho que o filme leva uma nota 9.5.
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